domingo, 24 de janeiro de 2010

A hospedeira


Livros de novo, caro leitor! :) Agora vamos falar sobre o sucesso não-vampiresco da autora mais comentada atualmente: a estadunidense Stephenie Meyer. O livro A hospedeira foi lançado, aqui no Brasil, em 16 de outubro de 2009. Infelizmente, não obteve tanto destaque quanto os livros anteriores da autora, embora eu ache que merecia. Para começar, A hospedeira não é uma série (é importante destacar isso, afinal tem sido uma receita de sucesso investir em séries de livros) e seu estilo é direcionado à um público mais maduro que o de Crepúsculo. Contudo, isso não impede que adolescentes, vorazes por mais e mais títulos a ler, aproveitem a viagem na qual o livro nos leva.
Não espere também encontrar qualquer semelhança com a série anterior. Por incrível que pareça, esse é um livro que eu não poderia comparar com nenhum outro, da minha modesta lista, claro. Ponto para Stephenie: originalidade! Contudo, também não vale esperar um livro sobre qualquer assunto completamente presente em nossa realidade. A grande diferença é que ele não aborda temas místicos, esse é um livro que pode ser colocado na categoria de "romances (românticos) de ficção científica", emocionante e interessante.
A história já começa com uma grande surpresa: a terra foi invadida por seres extra-terrestres que, em nosso planeta, são chamados de "almas". Isso porque, fora de seu planeta natal, não sobrevivem sem um hospedeiro. Essas almas são colocadas dentro de corpos humanos e seu objetivo principal é povoar a Terra em busca de manter a paz no planeta. Mas, como em toda revolução, há a oposição, a resistência: humanos que fogem e vivem em esconderijos, lutando para se manter no poder de seu próprio corpo, afinal as "almas" costumam suprimir a consciência do dono de seu novo corpo. Contudo, afora qualquer um desses fatos, os seres invasores costumam manter um cotidiano normal para qualquer ser humano, mas um cotidiano livre de qualquer tipo de violência ou agressão.
Em meio a tudo isso, ocorre a chegada de um novo ser neste mundo chamado de planeta Terra. O nome que lhe foi dado aqui é Peregrina e, depois de várias outras experiências em outros mundos, ela ganha como hospedeira uma mulher que fora membro de um grupo de resistência e que, ao ser pega, tentou se matar, mas foi salva pelos curandeiros (forma das "almas" chamarem seus médicos). Peregrina deveria viver num mundo "perfeito": onde não há violência, qualquer tipo de doença pode ser curada pela alta tecnologia destes seres, dentre outras vantagens. Contudo, junto com o corpo ela recebe um grande problema: Melanie Stryder (a humana a quem o corpo pertence) não foi suprimida. Peregrina ainda consegue ver algumas de suas memórias, sentir suas emoções como se pertencessem a ela mesma e, ainda pior, consegue conversar com Melanie em seu subconciente. Logo a criatura se vê em uma situação extremamente confusa, questionando sua força para suprimir Melanie, sua forma de ser como "alma" e até mesmo se gostaria de suprimir aquela conciência.
Para tornar tudo ainda mais complicado, Peregrina, após examinar as lembraças que Melanie deixava que ela visse, se viu perdidamente apaixonada pelo mesmo homem que Melanie amava e com um imenso instinto protetor pelo irmão mais novo de sua companheira de corpo. Decidida a fugir da "buscadora" (como uma policial, cuja missão é descobrir e aprisionar os criminosos que, no caso, são os humanos da resistência) que lhe foi encarregada e buscar notícias do grande amor e do irmão de Melanie, Peregrina foge em busca de seus objetivos, tendo consigo a companhia e a ajuda de Melanie. Com isso, ela quebra todas as regras de sua sociedade e entra em conflito com conceitos que ela acreditava que estivessem muito bem definidos para si mesmo.
O livro encanta por nos levar a fazer questionamentos que parecem simples, mas pelos quais nos vemos refletindo por horas a fio, como: "quem tem mais poder sobre o todo chamado ser humano: o corpo ou a consciencia?". Recheado de momentos, tensos, românticos, tristes e confusos, nos quais pensamos "o que eu faria se estivesse no lugar dela?". Acredite, é um livro que vale muito a pena! No entanto, aviso de antemão que o começo é um pouco maçante, mas a virada da história nos torna presos até a última palavra.
E antes mesmo de ser lançado por aqui, os direitos do livro foram comprados pelos produtores Nick Wechsler, Steve Schwartz e Paula Mae, no intuito de produzir a versão do livro para os cinemas, o qual provavelmente terá roteiro e direção de Andrew Niccol. Ainda sem data prevista de lançamento.

P.s: Apenas dando um pequeno destaque ao personagem que, para mim, é o mais apaixonante do livro: Ian O'Shea. Às moças: quando lerem, vão querer ter um Ian para vocês. Eu já tenho o meu(Dan *-*) ;)

quinta-feira, 21 de janeiro de 2010

Para sempre, série Os Imortais


Voltando ao assunto dos livros, eu já disse aqui que sou uma ávida leitora. Alguns de meus amigos me dizem que eu mais devoro do que leio os livros. Portanto vocês provavelmente vão ler muitos comentários sobre alguns dos quais tenho na prateleira.
A "bola da vez" é o livro Para Sempre, série Os Imortais, da autora Alyson Nöel, lançado em 30 de outubro de 2009. A nova aposta de romance seriado que vai emplacar, principalmente depois do fim da série Crepúsculo. Li e realmente gostei do livro, mas acredito que algumas críticas devem ser feitas.
Aliás, a crítica que quero fazer ao livro é um pecado de muitos e muitos outros livros: a falta de originalidade. Começando pelo mais óbvio de todos, a nova febre (apesar da relutância de muitos, como eu ;)) Vampire Diaries. O que muita gente não sabe é que a trilogia foi lançada em 1991, mas sem muito destaque internacionalmente. Ao relançar a série, a impressão que passou foi de uma certa pontinha de oportunismo, já que a série de Stephenie Meyer estourou nas livrarias de todo o mundo abordando a vida das mesmas criaturas místicas.
No entanto, acho o caso entre Vampire Diaries e Crepúsculo um pouco exagerado para comparar com Para Sempre. Acredito que posso tentar definir este último como uma salada saborosa de várias histórias já existentes, com um tempero a mais. A autora aborda não só o romance entre uma garota extremamente fechada e o cara mais desejado do colégio, a existência de seres não-humanos entre anos, mas também assuntos mais profundos como carma e reencarnação.
A série conta a história de Ever Bloom, uma jovem de 16 anos que possuia uma vida como a de muitas adolescentes (ligeiramente fúteis) de sua idade, até que sofre um acidente de carro em que perde os pais e a irmã mais nova, apenas ela sobrevive. Como se a dor da perda não fosse o suficiente, Ever tem também que lidar com novos dons que adiquiriu após o acidente, e que para ela soam mais como maldições: ela pode ouvir os pensamentos de todos à sua volta, consegue saber de toda a história da vida de qualquer um com apenas um toque e ainda por cima, vê a aura das pessoas.
Com tantos pesos em sua vida Ever adquire uma personalidade mais fechada, vai morar com a unica parente viva, a tia, e arranja dois amigos tão excluídos quanto ela na nova escola. Tudo, porém, parece mudar quando um novo e misterioso aluno surge na escola. Damen é bonito, inteligente, extremamente carismático e parece encantado por ela. A chegada desse novo personagem traz milhares de revelações sobre a vida e os poderes de Ever, com muitos trechos de tirar o folego e alguns toques de realidade.
Depois desse não tão breve resumo você deve ter percebido um pouco a falta de originalidade em alguns trechos. Garota orfã com poderes especiais (Harry Potter) conhece rapaz considerado perfeito, de ar misterioso, que provavelmente iria ignorá-la, mas direciona especial atenção a ela (Crepúsculo) e, para completar, a história apresenta a reencarnação como um ponto crucial (Vampire Diaries).
Mas devo admitir que é um daqueles livros que prendem a sua atenção e te fazem não querer mais dormir até terminar. Para quem ainda tem preguiça de ler: não é um livro extenso, mas não tem figuras, ok! XD Gostei muito e recomendo!

P.s: a série Os Imortais terá seis volumes. Por enquanto, aqui no Brasil, apenas o primeiro volume foi lançado, mas o segundo volume, Lua Azul (Blue Moon, lançado no ano passado nos EUA), tem previsão de ser lançado aqui em maio deste ano. Já nos EUA o terceiro livro, Shadowland, será lançado esse ano.

quarta-feira, 20 de janeiro de 2010

DPL - Depressão Pós Livro


Se você é um ávido leitor, sabe muito bem do que eu estou dizendo. Eu sou uma ávida leitora, ainda mais, eu sou viciada em sequências de livros. Se você já terminou uma sequência e, no momento que se deu conta de que não mais poderia sentir a ansiedade da espera pelo próximo volume ou a satisfação de criar em sua mente todo o mundo que havia naquela história, sentiu um grande vazio e se perguntou: "E agora, o que eu faço? O que será de mim nas minhas horas livres? O que me fará sentir todas essas emoções novamente?", pode acreditar, você está com Depressão Pós Livro.

No dia do lançamento de Harry Potter and the deathly hallows na Inglaterra, no ano de 2007, houveram milhares e milhares de comentários sobre o fim da saga. Uma adolescente respondeu "Não sei o que será da minha vida sem Harry Potter". Obviamente um exagero, mas assim somos nós, os apaixonados por sagas. Eu não achei que fosse morrer depois do fim dessa sequência, no entando senti uma certa angústia por deixar para trás uma das histórias pela qual fui mais apaixonada.
Longe de mim querer estragar a emoção de amar os livros, mas temos que considerar que essa não será a última saga a ser lançada. Depois de HP, logo começou a saga Crepúsculo. Seguindo Crepúsculo temos Vampire Diaries, e , mais atualmente, foi lançada a saga Os Imortais, com o livro Para Sempre.

Por isso, aproveite a sua "fossa" depois do término de uma boa sequência ou mesmo de um livro qualquer que deixou saudades, porém não perca muito tempo nisso e não exagere na dose. Logo estaremos apaixonados por outros muitos livros, afinal, o melhor remédio para curar uma DPL é começar outro livro. ;)

terça-feira, 19 de janeiro de 2010

Aprenda com as borboletas


Como ser humano que é, você provavelmente já passou por desafios na sua vida. Às vezes, temos a sensação de que algo é tão difícil, que seria completamente impossível de superar. Se isso nunca lhe aconteceu, acredite, está por vir.
Os desafios são parte da formação do ser humano. É o que nos faz mais fortes, mais sensíveis, mais perceptivos e até mesmo mais sábios. Contudo, para alcançar esse estágio de aptidão é preciso ser perseverante.
Muitos já devem ter lido o conto sobre como um homem, pensando em ajudar uma frágil borboleta que tentava sair do casulo, cortou o resto do casulo para ajudar, e acabou por encurtar a vida da pobre criatura, a qual, sem resistência nenhuma, não teve forças o suficiente nas asas para voar, ganhar a tão preciosa liberdade, e morreu.
Pense no quanto essas criaturas tão pequenas, singelas e belas nos ensinam. Nascem como lagartas, sem todas as suas cores e traços delicados, apenas pequenos seres rastejantes, vivendo presos à terra. Não há beleza estonteante, não há grande liberdade, os passos são dados lentamente. Mas é nessa fase que ela adquire grande parte de sua experiência, nessa vida acomodada, dando passos pequenos e cautelosos, é que ela acumula coragem e segurança o suficiente para dar o grande passo: a metamorfose.
E então começa uma espécie de claustro. A pequena lagarta se tranca no casulo. Ela se tranca em si mesma. Suporta mais de um mês, guardada sozinha num local onde só há lugar para ela. E alí ela aguarda pacientemente pelas grandes mudanças pelas quais passará. Vai conhecendo aos poucos sua nova forma, preparando-se para o futuro que terá com ela.
Depois de todo o tempo de mudança é chegada a hora de conviver com ela. A parte mais dolorosa: reunir forças para sair do casulo. Mas esse é o momento crucial, onde toda a dor, todo o sofrimento é a forma de conseguir conquistar toda a força e habilidade necessária para alçar vôo.
No entanto, quando o sofrimento acaba, quando as forças finalmente são suficientes, o pequeno ser que se formou no tempo de isolamento, expande suas asas de um colorido abençoado e voa. O poder de voar traz consigo a nova fase na vida dessa pequena criatura, a comodidade se esvai e ela ganha uma nova dádiva: a liberdade. É a hora de aplicar todo o conhecimento que foi adquirido na fase anterior.
Há muitos momentos em nossas vidas em que precisamos seguir essa vida de borboleta. Manter a cautela é algo importante, nos torna mais observadores diante das lições da vida. Acomodar-se, porém, durante toda a vida é uma atitude ineficaz. É preciso ter a coragem de dar o primeiro passo rumo à mudança. Trancar-se, de vez em quando, em um casulo, para repensar suas atitudes e sua visão de mundo traz grandes benefícios. Muitas pessoas confundem mudanças de atitudes com falta de personalidade, mas qual é o mal de mudar quando essa metamorfose nos torna melhor. É importante que aconteçam transformações, as quais nos ajudarão a fazer de nós mesmos e todos os que amamos, seres mais felizes.
O sofrimento é uma parte importante. Assim como ocorre com a jovem borboleta, o sofrimento vem para nos obrigar a reunir forças para vencer um desafio. Depois de enfrentar tudo isso, é o momento de alçar vôo e conquistar nossa própria liberdade.

segunda-feira, 18 de janeiro de 2010

Nada como o tempo!

Com o tempo, você vai percebendo que para
ser feliz com uma outra pessoa,
você precisa, em primeiro lugar, não precisar dela.

Percebe também que aquele alguém que você ama
(ou acha que ama) e que não quer nada com você,
definitivamente não é o "alguém" da sua vida.

Você aprende a gostar de você,
a cuidar de você e, principalmente,
a gostar de quem também gosta de você.

O segredo é não correr atrás das borboletas...
é cuidar do jardim para que elas
venham até você.


No final das contas, você vai achar não
quem você estava procurando, mas quem
estava procurando por você!

(Mário Quintana)