sábado, 3 de abril de 2010

Tres tres chic


Ok, apesar do título duvidoso, essa postagem não é sobre moda. Aliás, eu sou uma negação pra falar sobre moda. Péssima introdução, eu sei, mas é preciso explicar antes que parte dos leitores feche a janela por não ser um tema de seu agrado. Mas, esclarecendo o tema do texto, posso usar uma frase dita por meu irmão (sim, eu tenho um irmão que, de vez em quando, recebe uma iluminação divina e fala algumas coisas certas): "Gosto não se discute, o que se discute é bom senso". Ahá!! Chegamos ao ponto: bom senso, é disso que eu vou falar hoje.
Minha definição de bom senso é simples: não se rebaixar, vulgarizar e apenas extrapolar os limites da naturalidade quando a ocasião for própria para isso (aberta à discordâncias). Francamente, só ler essa definição e repensar a realidade atual já me enfraquece. Dói imaginar a venerada Audrey Hepburn assistindo às milhares de "mulheres frutas" com suas atitudes apelativas e roupas absurdamente vulgares, orgulhando-se de exibir corpos belos e tristes ambições na vida (como tornar-se uma celebridade ou posar nua).
Quando a belíssima Grace Kelly ou a revolucionária Coco Chanel imaginariam ver crianças ou adolescentes numa arriscada e exagerada corrida rumo à (completamente impossível) perfeição estética?! Normal é uma menina observar a figura feminina presente e sentir vontade de ser um pouco mulher, brincar com o salto alto, a maquiagem, assim como é normal a insegurança da adolescente (e até da mulher) diante de uma ou outra qualidade que observa nos meios de comunicação ou de covivência. Contudo, não achei que fosse presenciar meninas de um ano e meio de idade fazendo suas unhas e usando maquiagens carregadíssimas, correndo o risco de desenvolver alergias e problemas dermatológicos próprios de adultos, ou ainda assistir meninas de quatorze à dezesseis anos (em pleno desenvolvimento de seu corpo) deitando em mesas de cirurgia para alterar sua originalidade e manter a padronização. Me pergunto que responsáveis estão orientando e autorizando essas jovens e crianças a perder o comportamento de sua idade, o qual elas realmente sentirão falta num futuro bem próximo.
Não posso deixar de acreditar que mulheres como Lady Diana, Jackeline Kennedy, Julia Roberts, Michelle Obama, Fátima Bernardes ou Patrícia Poeta sentiriam ou sentem vergonha por toda essa ausência de bom senso, uma verdadeira confusão quanto ao sentido de independência de escolha e banalização da figura feminina, uma terrível obsessão por um conceito um tanto quanto "capenga" de beleza, assistir à crianças travestidas de mulheres adultas cheias de saltos e decotes, jovens com corpos que possuem pedaços que não são seus, meninas com quilos de maquiagem às sete horas da manhã carregando suas mochilas da Pucca, dá uma vontade de dar um BASTA!
E eu, Mariana Castro, não consigo parar de questionar qual é o problemas das pessoas com a naturalidade e com o (nosso querido) bom senso. Não pensem que sou uma "às" nesse quesito, já cometi minhas gafes e tenho minhas vaidades, mas sei que preciso ter noção desse aliado. Não é caro, não dói, aliás, é gratificante se dar conta do bom senso. Eu sei que isso é bem clichê para terminar um texto, mas: não esqueça que a naturalidade e o bom senso são peças chave para o encantamento com você mesma. ;)